Agência Assembleia
O coronel Célio Roberto, comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, concedeu entrevista à Rádio Assembleia, na manhã desta sexta-feira (4), ocasião em que fez um relato sobre as operações que estão sendo realizadas para o enfrentamento às queimadas em todas as regiões do Estado.
Durante o programa 'Em Discussão', apresentado pelos radialistas Henrique Pereira e Álvaro Luíz, coronel Célio Roberto explicou que o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), realiza mais uma etapa do programa "Maranhão Sem Queimadas".
O comandante do CBMA assinalou que este programa incentiva e executa ações estratégicas direcionadas à prevenção e ao combate a queimadas e incêndios florestais no Maranhão, com capacitações, doação de equipamentos e formação de brigadistas. Nesta fase, apresenta diretrizes para o cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento e das Queimadas no Estado do Maranhão (PPCDQ-MA)
Segundo ele, além de intensificar a fiscalização e o monitoramento das áreas propensas a queimadas, o programa une os órgãos de segurança, proteção ambiental, instituições governamentais e não governamentais para fortalecer as ações. Além disso, conta com campanhas educativas e palestras, visando informar e sensibilizar a população sobre os impactos negativos das queimadas e as alternativas sustentáveis para o manejo do fogo.
“O governador Carlos Brandão, com uma medida acertada, criou um Comitê Gestor para atuar na prevenção e contenção das ocorrências. O Corpo de Bombeiros executa um protocolo de ação direcionada e temos feito um trabalho muito bom em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Lembramos que um decreto de governo já determinou a proibição do uso de fogo para limpeza de terrenos. Isto é devido ao período de estiagem, que é propício ao crescimento dos focos de calor”, afirmou o comandante-geral do CBMMA.
Kristiano Simas
Focos de Calor
Ele explicou ainda que os focos de calor se configuram por temperaturas a partir de 47 graus centígrados e são captados pelos satélites em ambientes como telhados, placas solares e afins. A queimada é originada do ato de limpeza de áreas com uso do fogo, que é considerada legal se autorizada pelo órgão competente.
“Portanto, nem toda queimada vai se transformar em incêndio florestal. Estamos trabalhando na contenção das queimadas ilegais, obedecendo o decreto do governo para preservar o meio ambiente. A presença dos bombeiros tem sido fator decisivo para a contenção destas ocorrências”, ressaltou o coronel Célio Roberto.
De acordo com o comandante do CBMMA, as principais causas de queimadas no Maranhão são o tempo seco e o desmatamento. A operação "Maranhão Sem Queimadas" prossegue até dezembro. O Decreto nº 38.403, assinado pelo governador Carlos Brandão no dia 11 de julho passado, proíbe o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas no Estado do Maranhão.
A finalidade da legislação é proibir, em todo o Estado do Maranhão, no período compreendido entre 11 de julho a 30 de novembro de 2023, o uso de fogo para limpeza e manejo de áreas, ressalvadas as exceções previstas na Lei Federal nº 12.651/2012 (estabelece, dentre outras, normas gerais sobre o controle e prevenção dos incêndios florestais), e demais disposições da legislação ambiental.
Prevê o Decreto 38.403/2023, mesmo nos casos em que o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais seja legalmente autorizado, deve haver substituição por práticas sustentáveis (como uso de maquinários, rodízio do solo etc), sempre que possível.
Monitoramento 24 horas
O coronel Célio Roberto frisou ainda que a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) gerencia a chamada Sala de Situação, composta por um sistema de videomonitoramento, do qual é possível manter vigilância, por 24 horas, dos focos iniciais de incêndio no Maranhão.
A cada 15 minutos, as imagens são atualizadas e é feita análise para identificar se o foco de calor trata-se de uma queimada com possibilidade de evoluir para incêndio florestal.
O trabalho é feito por meio de sensoriamento remoto, captado por imagens de satélite. Sendo identificado e confirmado, é enviado alerta ao Corpo de Bombeiros para agir no controle e combate.
fonte : Agência Assembleia
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