O programa “Pautas Femininas” é veiculado toda segunda-feira, das 14h às 15h, ao vivo, na Rádio Assembleia (96.9), em conexão com a Rádio Senado. O programa é apresentado pelas jornalistas Josélia Fonseca e Régina Santana.
Cristiane Lago explicou que o projeto ‘Rede do Bem’ é desenvolvido via Ministério Público em parceria com o Fórum Estadual de Prevenção da Automutilação e do Suicídio (FEPAS/MA).
“Ele reúne muitas instituições públicas, privadas e sociedade civil. Quando eu assumi a coordenação do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos do Ministério Público, eu fiquei com a responsabilidade de também coordenar esse fórum. Foi quando observei que poderíamos fazer muita coisa a partir de parcerias. Achei muito interessante a possibilidade de trabalhar também com a iniciativa privada”, explicou.
Lago falou sobre suas motivações para tocar o projeto. “Em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou que a questão da automutilação e do suicídio é uma pandemia, nesse caso referente a uma doença não transmissível e silenciosa. Nem todo mundo tem coragem de assumir que está com depressão, por exemplo. E ela pode começar de diversas formas e, muitas das vezes, essa pessoa precisa tomar medicação”, disse.
A promotora levou alguns números para a entrevista.
Ela relatou que a cada 40 segundos uma pessoa recorre ao suicídio no mundo e 840 mil morrem por ano em decorrência disso. “A incidência maior é na faixa etária entre 15 e 29 anos”, informou, acrescentando que há muita gente com doença psiquiátrica grave que a família nem sabe, além de não ter como tratar em casa.
Sobre o Café: deputados e imprensa
Cristiane Lago fez um alerta sobre o fato de que o suicídio mata mais do que malária, câncer de mama, guerras e homicídio. Além disso, ela falou sobre o café da manhã que reunirá deputados e imprensa na próxima quarta-feira (27), às 8h30, nas dependências da Assembleia.
“É um tema muito importante e parabenizo a presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale, por ter abraçado a nossa ideia de falar sobre esse assunto nesse café da manhã. Nós vamos conversar com os profissionais de mídia, com os deputados e com a sociedade sobre essa questão das situações de divulgação indevida de vítimas de suicídio, seus familiares e os meios utilizados para cometê-lo. Queremos tipificar essas divulgações como crime, pois a ciência já provou que quando isso acontece os casos aumentam bastante”, finalizou.
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